213. 3º Revolução Industrial (Biotecnologia e Aeroespacial)

Nossos últimos textos trouxeram uma série de inovações que transformaram a espécie humana, as primeiras Revoluções Industriais. Mas não parou por ai, a segunda metade do século XX nos presenteou com uma nova leva de avanços impressionantes, elevando a sociedade a outro patamar tecnológico.

A 3º Revolução Industrial, ou Revolução Tecno-científica, começou após a 2º Guerra Mundial e está em curso atualmente, apesar de alguns cientistas já trabalharem com a ideia da 4º Revolução. Está sendo comandada pelos países desenvolvidos, os que mais entenderam que deveriam investir em educação e tecnologia. EUA, França, Reino Unido, Alemanha e Japão são os protagonistas, com a China se juntando a esse grupo no século XXI. Ao Brasil, país com razoável industrialização, restou ser consumidor de toda essa tecnologia, tendo pouca participação no desenvolvimento das mesmas.

É um momento tão grandioso de nossa história que iremos dividi-lo em dois textos, trazendo ao nosso leitor o que de mais importante está sendo desenvolvido pelas mentes mais brilhantes do planeta.

Biotecnologia/ Engenharia Genética

A tecnologia da vida, nome que distingue essa ciência, evoluiu de forma excepcional nas últimas décadas. Se resume na utilização, modificação e manipulação de seres vivos para a obtenção de um objetivo científico ou comercial. Abaixo as maiores inovações deste setor:

Transgênicos

Entre as inovações temos os polêmicos transgênicos, tema em nosso blog no texto 69. Os famosos (OGMs) organismos geneticamente modificados, como por exemplo a soja, podem suprir a demanda por alimentos no mundo.

Aedes aegypti criados em laboratório. Imagem: (Foto: Reprodução/EPTV)

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A biotecnologia também pode ser usada no combate a doenças, como por exemplo o Aedes aegypti criado em laboratório, que ao cruzar com a fêmea natural gera um óvulo infértil, freando o crescimento da espécie. Saiba mais no site G1/Globo.

Até mesmo porcos podem ser manipulados para fornecerem órgãos aos humanos. Outros pontos positivos são micro-organismos que ajudam a limpar poluentes lançados no meio ambiente, entre tantos outros usos.

Por outro lado, também podem causar algum impacto se dispersados na natureza, assim como problemas na própria saúde humana. Uma discussão intensa e acalorada está em curso nesse momento em relação aos transgênicos. Ainda não temos certeza se são vilões ou heróis.

Clonagem

Muito polêmica também é a clonagem, produção de um ser vivo geneticamente idêntico a outro. O primeiro mamífero a ser clonado no mundo foi a ovelha Dolly, em 1996, se tornando uma celebridade. Isso ocorreu no Reino Unido, e o animal viveu por 6 anos. Atualmente milhares de seres são produzidos dessa forma, principalmente na área da agropecuária.

O questionamento vem quando o assunto é a clonagem humana, ainda inexistente. Muitos se perguntam o quão é eticamente correto produzir alguém geneticamente igual a outra pessoa, apesar da própria natureza já fazer isso através dos gêmeos idênticos ou univitelinos.

Ovelha Dolly embalsamada em Edimburgo, Escócia.  Nascida em 5 de julho de 1996,   foi o primeiro mamífero a ser clonado. Viveu até os 6 anos, menos que uma ovelha comum, o que levantou uma polêmica em relação ao envelhecimento precoce dos clones. Imagem: Internet.

Células-tronco

Consistem em células retiradas de embriões em fase de crescimento, médulas ósseas, cordões umbilicais ou da pele humana. Elas possuem capacidade de originar  vários órgãos ou tecidos do nosso corpo. Com isso, no futuro, poderemos substituir unidades doentes em nossa estrutura física por substitutos vindos de nós mesmos, ou de outra pessoa compatível.

Para incrementar essa área de pesquisa, em 2003 foi anunciado a conclusão do Projeto Genoma Humano, com o mapeamento de 99,99% do sequenciamento genético de nossa espécie. A pesquisa contou com milhares de pesquisadores de vários países e abriu uma porta quase infinita de possibilidades para o futuro.

Aeroespacial

Se a 2º Revolução Industrial nos trouxe o avião, a 3º elevou ainda mais o nível, trazendo a corrida espacial. Ela se deu pela disputa ideológica entre os EUA e a URSS, que disputavam a liderança tecnológica mundial.

Teve início em  1957, quando a URSS saiu na frente, lançando o primeiro satélite ao espaço, o famoso Sputnik. No mesmo ano os soviéticos colocaram o primeiro ser vivo em órbita, a cadela Laika, e em 1961 o primeiro humano, Yuri Gagarin. O troco norte-americano veio com a primeira visita tripulada a Lua, em 1969, através da missão Apolo 11.

A chegada a Lua foi o ápice da corrida espacial. O Astronauta Edwin “Buzz” Aldrin na Lua em 20 de julho de 1969. Imagem: NASA/Liaison).

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Atualmente, já entramos na era do turismo espacial, enviando cidadãos comuns para fora do planeta, com propósito meramente recreativo. Até o momento, 7 turistas já visitaram a ISS (Estação Espacial Internacional), levados pelas agências espaciais norte-americana e russa. O valor é de se impressionar, cerca de 20 milhões de dólares cada (mais de 80 milhões de reais).

Por um preço bem mais em conta, ainda assim salgado (250 mil dólares), empresas privadas competem por um turismo menos glamoroso, onde o passageiro experimenta a microgravidade somente por alguns minutos, em naves para até 6 passageiros, veja reportagem no site G1/Globo.

Grande parte da atual disputa aeroespacial é privada, em especial através das empresas dos bilionários Elon Musk (Space X/Tesla), Jeff Bezos (Homem mais rico do mundo e CEO da Amazon/Blue Origin) e Richard Branson (Grupo Virgin/Galactic). E isso não é por acaso, cerca de 1,5 mil satélites orbitam nosso planeta, e o setor movimenta mais de 1 trilhão de reais por ano.  Veja uma reportagem completa sobre os investimentos nessa área no site da BBC.

Os 3 bilionários que disputam o domínio do lançamento de foguetes e o turismo espacial. Imagem: Internet.

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Um pouco mais distante da nossa realidade existe também a possibilidade de ir a Marte. Sendo bem realista, estamos um tanto longe dessa situação. O problema que as empresas interessadas, e a própria NASA enfrentam, é o tempo da viagem, pelo menos 1000 dias para ir e voltar. O problema é definir se nosso corpo teria condições de viver num ambiente sem gravidade por tanto tempo.

Cena do interessante filme Perdido em Marte (2015), uma realidade ainda bem distante para nossa tecnologia. Imagem: Internet.

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Ainda mais surreal são os anúncios de viver no planeta vermelho, fato que levou milhares de pessoas a se inscreverem como voluntários para essa missão, mesmo sabendo que não irão voltar. Saiba mais no site Megacurioso.

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Nosso post 214 continua o tema, trazendo a revolução da computação/internet, telecomunicações, robótica/automação e as novas fontes de energia.

Espero ter aumentado seu conhecimento. Curta nossa página no Facebook e compartilhe nosso texto! Abraço do Clebinho!

Publicado em 28.08.2018