Fala meu povo!
Até o presente momento, o coronavírus já matou mais de 5 mil pessoas no mundo. Infelizmente, tudo indica que esse índice ainda vai aumentar bastante. Mas, nem de perto poderá ser comparado a mãe de todas as pandemias, a Gripe Espanhola.
Tudo indica que o começo foi nos EUA, quando em março de 1918 um soldado sentiu sintomas de uma gripe muito forte. O fato ocorreu na base de Fort Riley, no Kansas, provavelmente a partir de um vírus proveniente
dos porcos criados na região.
Ao contrário do que muita gente imagina, o início da pandemia se deu nos EUA, onde o mapa acima aponta. Imagem: Internet.
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Em duas semanas milhares de soldados também foram pegos pelo mutante vírus Influenza. Dalí, os militares norte-americanos serviram de transporte para a doença em direção a Europa, que ardia na 1° Guerra Mundial.
Imaginem um vírus chegando em um lugar com trincheiras insalubres lotadas de homens mal alimentados. Lembrando que em 1918 o conflito já estava caminhando para o final, vários soldados vinham de batalhas desde 1914. Como dizem no interior, aí foi jogar o sapo na água. Na Europa a gripe explodiu, com os combatentes voltando para seus países o problema se espalhou para o mundo todo, se mostrando 30 vezes mais mortal que uma gripe normal.
A vírus encontrou na Europa o ambiente ideal para sua proliferação. A partir da guerra se espalhou para o mundo todo. Imagem: Internet.
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No total, a doença matou um número assombroso de pessoas, entre 50 a 100 milhões (algo como 5% da população mundial na época). Isso foi muito mais que os 15 milhões de mortos na própria 1° Guerra, rivalizando com os 60/70 milhões de mortes da 2º Guerra que viria mais a frente.
Nos EUA a doença infectou 25% da população, matando 500 mil pessoas. Na foto, um local de quarentena para pacientes. Imagem: Internet.
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No Brasil, matou 35 mil, até o presidente da República eleito virou estatística, Rodrigues Alves, morto em 1919. Nas cidades fez estragos, em especial São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Manaus, Recife e Salvador. O que impediu números ainda maiores era a característica ainda rural do país. Nos interiores, as pessoas ficaram mais protegidas do problema.
Somente no Rio de Janeiro foram mais de 12 mil mortes. As grandes cidades litorâneas, com acesso a navios do mundo todo, foram duramente afetadas. Imagem: Internet.
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A origem do nome é curiosa. Como vários países estavam em guerra, ninguém divulgava suas baixas, para não dar moral aos inimigos. A Espanha era um dos poucos países neutros, fora do conflito mundial. Dessa forma, a imprensa local divulgava suas mortes diariamente, dando a impressão que a nação era o epicentro do problema, quando na verdade não era.
Aposto que se fosse uma coisa bosa, os norte-americanos reclamariam o nome para si, sendo ruim, deixa com os espanhóis mesmo. Que “bela” homenagem a Espanha recebeu, o nome da pior pandemia da história. E o pior, justamente por ser sincera e divulgar suas mortes.
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Publicado em 16.03.2020
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