Fala meu povo!
É aquele tal negócio, cada um vende aquilo que tem e pode. No caso do Djibuti (Djibouti), pequeno país no chifre da África, o que se negocia são locais para instalações de bases militares estrangeiras.
A maioria dos países não querem bases de outras nações em suas terras. Isso gera temor de uma possível intervenção ou ocupação, já que militares e equipamentos de guerra internacionais estariam presentes em seu solo. Mas, em Djibuti as coisas são diferentes.
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A localização estratégica do país, entre o Golfo de Áden e o Mar Vermelho, explica tudo (Estreito de Bab el Mandab). Por ali passam 20 mil navios por ano, em especial petroleiros, em direção ao Canal de Suez. Dessa forma, atravessam do Oceano Índico para o Mar Mediterrâneo e vice-versa.
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Assim como os Emirados Árabes Unidos, o território do Djibuti é muito árido, impróprio para a agricultura. Por isso, o país quer explorar sua posição geográfica estratégica e ganhar algum dinheiro com isso, se tornando um forte eixo logístico, parecido com Dubai, guardadas as devidas proporções. Nessa proposta, vem investindo em portos e aeroportos. Também se aproveita do fato de ser o país com a política mais estável na região.
Todos querem estar ali, em especial por causa dos piratas da Somália, que colocam em risco as embarcações petrolíferas. De frente a Djibuti outro problema, o Iêmen, país que vive intensa guerra civil, tema no Blog no texto 252, confiram.
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Por tudo dito anteriormente, a nação africana abre suas portas aos estrangeiros. Só os EUA pagam 60 milhões de dólares anuais pela sua base (Lemonnier Camp). É uma base permanente, com o objetivo de enfrentar os grupos terroristas da região.
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Em 2017, foi a vez da China abrir a sua. França, Itália e Japão fecham o grupo. Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Rússia também estariam de olho.
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Difícil julgarmos, mas como falei no início, cada país se vira como pode. Vender espaço para bases torna o país dependente desse dinheiro, além da perda de soberania. Mas cada um sabe onde o calo aperta e o dinheiro arrecadado não é pequeno. Fica a polêmica.
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Publicado em 21.04.2020