Em nossos dois últimos textos, abordamos as mais importantes taxas demográficas. No post de hoje, finalizaremos o assunto com mais alguns itens:
9 – Taxa de Mortalidade Infantil
É o número de crianças que morrem, antes de completar o 1º ano de vida, para cada mil nascimentos.
É um importantíssimo número para se avaliar a qualidade de vida de um determinado local. A mortalidade infantil nos mostra a eficácia de ações governamentais nos aspectos de saneamento básico, alimentação, acompanhamento médico (pré-natal), distribuição de vacinas e do SUS (sistema único de saúde). Qualquer um desses itens não contemplado de forma apropriada pelo governo faz aumentar o número de mortes de recém-nascidos.
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Observando o mapa acima, percebemos mais uma vez como o continente africano possui os piores índices, junto com o Afeganistão, Mianmar e Paquistão na Ásia. A ONU tem como objetivo que todos os países do mundo tenham mortalidades infantis até, no máximo, 15 por mil. Como pode ser observado no mapa, alguns países ultrapassam 150.
No Brasil, a taxa vem caindo bruscamente. Saímos de 82,4 mortes por mil nascimentos em 1980 para os números observados na tabela abaixo:
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Além do aumento registrado, ainda existe um problema, a desigualdade regional. Os números nos mostram como são desniveladas as regiões do Brasil. Os números do Norte/Nordeste (acima de 17) são quase o dobro da dupla Sul/Sudeste (entre 9 e 11):
Historicamente, as regiões norte e nordeste apresentam piores índices em quase todas as taxas analisadas. São número sempre fora do aceitável pelas agências internacionais. Uma política de equiparação das infraestruturas das regiões deve ser feita imediatamente.
No Brasil, existem estados com mortalidade abaixo de 9, como o Espírito Santo e Santa Catarina, frente a outros acima de 20, como Alagoas e Maranhão. Não podemos conviver dentro de um mesmo país, rico em recursos como é o nosso, com diferenças deste nível. Veja a lista com os dados de 2017 de todos os estados no site Wikipédia.
Importante
Lembrando que o Nordeste elege 151 deputados federais, enquanto a região Sul elege somente 77. Em relação a senadores, o Nordeste é quem mais elege, pois são 3 por unidade federativa, e a região possui 9 Estados, portanto 27 eleitos, contra 12 do Sudeste.
Todo esse contingente de representantes, entre eles a família Sarney, Fernando Collor e Renan Calheiros, não conseguiram atingir níveis aceitáveis em nenhum índice de qualidade de vida. Passados quase 30 anos da redemocratização, a região ainda possui os piores números do país. Veja quantos deputados federais cada Estado elege no site da Câmara dos Deputados.
10 – Pirâmide Etária
Também conhecida como pirâmide demográfica. É um gráfico, dividido entre homens e mulheres, onde a população, de forma percentual, é distribuída por faixas etárias. As idades mais jovens formam a base da pirâmide e vai aumentando até o topo, que representa os idosos.
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O simples fato de se analisar a pirâmide etária de um país nos permite constatar em qual nível de desenvolvimento ele se encontra. Um país pobre, com grande número de nascimentos e poucas pessoas chegando a idades mais elevadas, denunciando uma expectativa de vida baixa, possui uma pirâmide etária exatamente como o exemplo acima. A base muito grande (taxa de fecundidade alta) e o topo fino (baixa esperança de vida).
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Um país desenvolvido, possui uma pirâmide demográfica mais equilibrada. A base não é larga, em alguns casos chega a ser até bem curta, denunciando baixo número de nascimentos, enquanto o meio é largo. O topo, mesmo não sendo enorme, é considerável, denotando grande número de pessoas nas idades mais avançadas. Veja um exemplo abaixo:
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No Brasil, a pirâmide demográfica vem mudando de forma bastante rápida. Saímos de uma situação idêntica a dos países subdesenvolvidos e nos aproximamos do exemplo desenvolvido. É um fenômeno bastante compreensível levando-se em consideração que somos um país emergente, ou seja, em desenvolvimento.
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11. Taxa de Natalidade
É o número de habitantes que nasceram em um determinado local, ao longo de um ano, para cada grupo de mil já existentes. A taxa de natalidade é influenciada pelos mesmos fatores da fecundidade, tema abordado em nosso último texto.
A taxa de natalidade do Brasil vem caindo bruscamente, hoje, para cada grupo de mil brasileiros, nascem 14,16 por ano. Fonte: IBGE
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12. Taxa de Mortalidade
É o número de habitantes que morreram em um determinado local, ao longo de um ano, para cada grupo de mil existente. Este número é influenciado por vários fatores como miséria, fome, violência e guerras, que fazem o número aumentar.
Desde o ano 2000 a taxa de mortalidade no Brasil está estável, em torno de 6,08. Ou seja, a cada ano, morrem 6 brasileiros para cada mil existentes. Fonte: IBGE
13. Crescimento Vegetativo
Também conhecido como crescimento natural. Muito simples, é a diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade. Vamos pegar o Brasil como exemplo.
Se por aqui, para cada grupo de mil habitantes, nascem 14,16 e morrem 6,08, nosso crescimento vegetativo é de 8,08 por mil, que é o mesmo que 0,8 por cento (0,8%).
14. Crescimento Demográfico
Também conhecido como crescimento absoluto. Para se saber, exatamente, se a população de um país cresceu e o quanto isso representou, além da conta entre quem nasceu e quem morreu (crescimento vegetativo), temos que diminuir quem saiu (emigração) e somar quem chegou (imigração). O total representa o crescimento demográfico de um local.
Espero ter aumentado seu conhecimento. Curta nossa página no Facebook e compartilhe nosso texto! Abraço do Clebinho!
Publicado em 06.12.2015
Revisado 04.10.2019