No ano de 1986, na extinta União Soviética, ocorreu o que é considerado até hoje o maior desastre nuclear de todos os tempos, conhecido como o “Acidente de Chernobyl”.
Chernobyl
Era uma cidade da República Soviética da Ucrânia (hoje independente e envolvida em várias questões geopolíticas, territoriais e econômicas), muito próximo da divisa com a Bielorússia (Belarus). No noroeste da cidade estava localizada a Usina Nuclear de Chernobyl.
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O termo Tchornobyl (também transliterada como Čornobyl’) pode ter surgido a partir da união das palavras чорний (tchorny, “preto”) e билля (billya, “grama” ou “folhas”), portanto, grama preta ou folhas pretas. (Fonte: Wikipedia)
A cidade de Chernobyl, no entanto, não era a moradia dos funcionários da usina, para isso, foi criado um assentamento mais próximo, com o nome de Pripryat.
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Energia Atômica
Desde o domínio da energia nuclear pelos seres humanos a construção de usinas, para geração de energia elétrica, tem sido muito comum. Até hoje, mesmo com a ocorrência de acidentes e o despreparo para eles, continuam sendo criadas e utilizadas.
Do total de energia gerado pelo mundo hoje, 6,5% é nuclear, em termos de energia elétrica, o percentual sobre para 16%. Em 2016 estavam em funcionamento 450 reatores nucleares, em 33 países do mundo.
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Acidente
No ano de 1986, os operadores da usina foram fazer um teste. A intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia. Em determinado momento do teste, o reator superaqueceu e explodiu, espalhando uma quantidade de radiação 400 vezes maior que a das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Como a União Soviética era um país muito fechado, não se sabe exatamente o que deu errado, o número real de vítimas e os resultados.
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A principio, o governo soviético não divulgou absolutamente nada. Passados alguns dias, países da Europa começaram a detectar um aumento nos níveis de radiação e organizações internacionais pressionaram a ex-URSS e, então, poucas informações começaram a ser divulgadas, assustando o mundo inteiro pela dimensão do acidente.
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O Day After de uma Tragédia
Diante do desastre, o governo soviético mobilizou uma força de 600 mil pessoas para limpar a região, mesmo assim, o estrago foi grande. Várias dessas pessoas mobilizadas apresentaram problemas relacionados a radiação depois do ocorrido. Após as medidas iniciais, um sarcófago foi construído ao redor do reator, promovendo seu isolamento do lado exterior.
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O número oficial de mortes naquele dia foi de 31, pequeno para um acidente de tamanha magnitude. A questão é descobrir a verdade, já que, tanto União Soviética no passado, quanto a Rússia, principal herdeiro das informações, são países bastante fechados e com informações reduzidas e controladas.
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Segundo informações da ONG Greenpeace, o acidente acabou provocando a morte, por câncer, de 93 mil pessoas, muitas delas longe da região de Chernobyl. Além do incontável número de descendentes das pessoas afetadas, que nasceram com anomalias espantosas.
Segundo a ONU, no futuro, 4.000 pessoas ainda morrerão por causa do acidente. São pessoas que já nasceram deformadas porque seus antepassados foram expostos a nuvem radioativa. Algumas delas, estavam nas equipes mobilizadas para atuarem no acidente, evacuando cidades ou construindo o sarcófago de concreto.
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Desde 2011 é possível visitar o local de forma oficial, mas em um raio de até 50 Km de proximidade da usina. Existem agências de viagens que oferecem pacotes turísticos com visitas a áreas restritas. O governo de Kiev determina que estes pacotes são clandestinos e extremamente perigosos a qualquer ser humano. Acredita-se que 10 mil pessoas já tenham visitado o local, algo bem surreal.
Novo Sarcófago
Em 2016, após 10 anos de construção, uma nova e gigantesca proteção foi inaugurada em Chernobyl. A redoma corre sobre trilhos, e é muito mais moderna que a anterior, que já em risco de ruir. Cerca de 10 mil pessoas estiveram envolvidas no projeto.
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Aqui no Brasil, um ano após Chernobyl, também tivemos um acidente radioativo, que será abordado no próximo texto, imperdível!
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Publicado em 05.04.2015
Atualizado em 13.05.2019