Fechando a trilogia sobre o uso indevido esporte, nosso tema de hoje é o terrorismo olímpico.
Terrorismo
É o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elementos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, pavor, e assim obter efeitos psicológicos, que poderão ser revertidos em algum ganho monetário, político ou ideológico.
Olimpíadas de 1972
Provavelmente, o fato mais marcante já ocorrido em um evento esportivo se desenrolou nas Olimpíadas de Munique, em 1972. A Alemanha se preparou para sediar uma festa gigantesca. A ideia era mostrar um país pacífico, desmilitarizado, livre, definitivamente, das ideias bélicas nazistas das décadas de 1930/40. Este motivo explica o fato da vila olímpica daquele evento ter um monitoramento policial bem aquém das necessidades. Ninguém imaginaria que, as Olimpíadas da Paz, se transformariam em um banho de sangue.
O nadador Mark Spitz era a grande esperança de medalha Norte-americana, e realmente comprovou sua fama, conquistando nada menos que 7 medalhas de ouro, um recorde. Por incrível que pareça, se você digitar, em um site de buscas: Munique 1972, as imagens que povoam sua tela não são do nadador.
O ataque
Na manhã do dia 5 de setembro, com as olimpíadas a todo vapor, um grupo de terroristas palestinos, da organização conhecida como Setembro Negro, invadiu a Vila Olímpica de Munique. Pularam o muro, mas como estavam vestidos como atletas, passaram despercebidos por quem os viu, que acharam se tratar de atletas voltado de uma “escapadinha”. Seguiram diretamente para os dormitórios da delegação de Israel. Palestinos se ressentem, até os dias de hoje, pelo fato de não terem um país próprio, assim como os curdos, e culpam os israelenses por isso. Em 1972, a questão mal resolvida entre eles, havia chegado aos jogos olímpicos.
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Duas pessoas foram assassinadas imediatamente e outras nove foram feitas reféns do grupo. Os terroristas pediram a libertação de 200 árabes, prisioneiros em Israel, e ameaçaram executar dois reféns a cada hora. Pela primeira vez durante as olimpíadas modernas, os jogos foram paralisados.
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As tratativas se estenderam por mais de 30 horas. As forças de segurança alemãs então cederam, trouxeram dois helicópteros que levariam os terroristas e os reféns até o aeroporto, de onde embarcariam em um avião até o Egito, país de maioria muçulmana. A ideia dos alemães era ganhar tempo, já que uma ação policial estava sendo preparada.
Na chegada ao aeroporto, a polícia alemã, totalmente despreparada para atuar neste tipo de demanda, lançou um ataque fracassado que resultou na morte dos nove reféns, cinco terroristas palestinos, um policial e o piloto de um dos helicópteros. Somados aos dois mortos, logo na invasão ao dormitório olímpico, totalizaram 11 atletas de Israel brutalmente assassinados, uma tragédia completa.
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A pressão pelo encerramento dos jogos, em memória dos atletas mortos, foi grande, mas a decisão foi de continuar com as disputas. Foi um dos atentados terroristas mais marcantes de todos os tempos, pela importância do evento envolvido. É difícil comparar, mas em termos de impacto, Munique 1972, só deve perder para o famigerado 11 de Setembro.
Espero ter aumentado o conhecimento de todos os leitores. Curtam nossa página no Facebook e compartilhem nosso texto! Abraço do Clebinho!
Publicado em 19.04.2015
Clebinho ja que vc tocou nesse assunto relacionado a Alemanha, queria saber mais sobre a Alemanha Ocidental, e a Oriental e suas diferenças
Vamos fazer um texto em um futuro próximo!