Nos últimos dias, todos nós estamos atentos ao sofrimento do povo do Nepal, atingido por um forte terremoto.
Para entender sobre este devastador fenômeno da natureza, temos que saber que nosso planeta é composto por 4 camadas internas: Crosta, Manto, Núcleo Externo e Núcleo Interno.
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Para falarmos sobre os terremotos, basta explicarmos duas camadas mais superficiais.
Crosta
Vivemos acima de uma camada conhecida como Crosta, ou Litosfera (do grego “lithos” = pedra). Essa camada se formou a partir do resfriamento e solidificação do magma superficial, há bilhões de anos atrás. É uma camada com espessura que varia entre 6 a 75 Km. Tendo como referencial a distância entre a superfície e o núcleo da Terra, aproximadamente 6.400km, podemos dizer que a crosta é bastante fina. Uma analogia interessante, é dizer que a Crosta seria equivalente à casca de um ovo, só que com a espessura irregular.
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Manto
Abaixo da crosta, temos uma camada gigantesca, conhecida como Manto, que se estende da litosfera até aproximadamente 2.900 Km de profundidade. É composto por um material bastante conhecido pelos leigos, chamado de magma. Quando esse material é expulso de dentro da Terra pelos vulcões, chamamos de lava. Como nesta camada, a temperatura varia bastante, 600ºC na parte superior e 3.500ºC na porção inferior, o magma está em constante movimento. Chamamos esta intensa movimentação de correntes de convecção. É exatamente esta circulação existente no Manto que, desde bilhões de anos atrás, movimenta a crosta, quebrando-a em vários pedaços, conhecidos como Placas Tectônicas.
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Limites entre placas
Entre as Placas Tectônicas podem existir três tipos de limites, como se fossem fronteiras. São conhecidos como Falhas e podem ser: Divergentes, Convergentes e Tangenciais.
Nos Limites Divergentes, cada Placa vai para um lado, divergem, não provocando significativos tremores de terra. Ao se separarem, um espaço se abre e o Magma vaza para a superfície ou para o fundo do mar, se resfriando e vedando novamente a Falha.
Para ampliação do conhecimento e detalhamento de Terremotos, o importante é entender os outros dois limites entre as Placas Tectônicas.
Limites Convergentes
Estes limites existem quando uma Placa se movimenta em direção a outra. Ao se chocarem, várias consequências são produzidas, entre elas a criação de montanhas e os abalos sísmicos (Terremotos). Em uma analogia simplória, é como se fosse uma batida de frente entre dois veículos, que irão se deformar e provocar abalos dentro e fora dos automóveis.
Quando uma placa oceânica, se choca com uma continental (mais densa), ela mergulha em um processo chamado subducção, podendo gerar vulcões, terremotos e formar montanhas (Dobramentos modernos).
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Limites Tangenciais ou Transformantes
Estes limites são mais raros, mas bastante perigosos. Eles ocorrem quando duas placas se raspam lateralmente. O exemplo clássico é a famosa Falha de San Andreas, na Califórnia, onde uma parte da Crosta vai para um lado, e outra, paralelamente, no sentido contrário. Esse atrito resultante propicia grandes tremores.
Escala Richter
O que mede a intensidade dos terremotos são aparelhos conhecidos como sismógrafos e existem aos milhares distribuídos pelo planeta. Desde 1935, a escala usada para se distinguir a força de um tremor é a Richter, criada pelos pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutemberg, ambos membros do California Institute of Technology (Caltech). Como é uma escala logarítmica, a cada grau acrescentado, a amplitude das ondas de um terremoto são multiplicadas por 10.
Um exemplo, a amplitude das ondas de um terremoto de escala 6, é 10 vezes maior que a de um terremoto de escala 5, e assim sucessivamente. Terremotos com escalas maiores que 9.0 são extremamente raros e devastadores. Os maiores tremores, desta magnitude, já registrados pelos humanos, foram:
9.5 no Chile, em 1960
9.2 no Alasca (EUA), em 1964
9.1 na Indonésia, em 2004
Japão
Quando falamos de tremores de terra, um dos primeiros países que vem à cabeça, para populações que não lidam com Terremotos, é o Japão. Não é para menos, o país está localizado nos limites/fronteiras de quatro Placas Tectônicas, das quais, três se chocam. Uma área de altíssimo risco, com uma das maiores densidades populacionais do planeta e construções por m².
No caso dos japoneses, infelizmente, não é “SE” a dúvida deles, mas “QUANDO” os tremores irão ocorrer. Em 2011, sofreram um dos maiores tremores de todos os tempos, 8.9 na escala Richter, e devastou a região de Sendai.
Nepal
Na manhã do dia 25 de abril , fomos acordados com uma notícia muito triste. Um pequenino país asiático, conhecido como Nepal, na divisa entre Índia e China, foi atingido por um forte terremoto de escala 7.9. Os tremores secundários, muito comuns após um grande tremor, chegaram a 6.7. O motivo do fenômeno é a região se localizar exatamente no encontro entre duas placas, aos pés da Cordilheira do Himalaia, que, inclusive, fora formada por este movimento convergente.
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O número de mortos está aumentando muito, e até a publicação deste texto, já ultrapassava 5.000, com previsões de aumentar ainda mais. O fato de ser um país pobre, sem recursos, pouco preparado para tragédias, piora bastante a situação.
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Brasil
Como nosso país está localizado no centro da placa Sul-Americana, não sofremos com terremotos de grande magnitude, apesar de ocorrerem abalos de baixa intensidade por aqui. Estamos longe dos limites que promovem maiores sismos.
O maior terremoto já registrado no Brasil ocorreu na Serra do Tombador, Mato Grosso, em 31 de janeiro de 1955, com uma magnitude de 6,2. Em 2007, ocorreu um de nível 6.1 no Acre, região onde os tremores são constantes devido a proximidade com os Andes.
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Espero ter ajudado a todos! Que Deus conforte o povo do Nepal neste momento! Curtam nossa página no Facebook e compartilhem nosso texto! Abraço do Clebinho!
Publicado em 29.04.2015
Achei muito otimo estudei aqui e tirei 9,8 !!
Obrigada!
Continue acompanhando, nosso objetivo também é esse, ajudar nos estudos dos jovens e adultos !
sera bastente util para a prova!